sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Rascunhos #7

Casar?! Não. Não estou preparado. Não quero.
Viver junto?! Não estou preparado. Agora estou bem, como estou.
Fotos juntos no Facebook?! Oh...eu não partilho muito no Facebook, tu sabes disso.
Estar numa relação no Facebbok?! Nunca na vida. Isso é estúpido. Mas porquê? Não faz sentido nenhum. Só para mostrar aos outros?!


Isto é o que eles te dizem.
E depois um dia cada um vai para seu lado e ele encontra outra pessoa.
Depois são as fotos juntos no Facebook.
Depois é a relação assumida no Facebook.
Depois é o viver junto.
Depois vem o casamento.

O que ele não quer na realidade, é fazer nenhuma destas coisas contigo.
Tu, que dás de ti e pensas durante muito tempo que " Ah e tal...ele é assim. Não tem mal."
Mas um dia vês o que ele é com outra pessoa ao lado, e não entendes.
Tu.
Vais fazer dele uma pessoa melhor.
Ensiná-lo a estar numa relação e depois vê-lo a aplicar os conhecimentos na outra pessoa.

Tu.
És.
Uma.
Parva.


quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

2015

O balanço.
Aquela coisa que nos leva a pensar que raio de importante fizemos em mais um ano que passa.
Em conversa aqui há dias com colegas de trabalho, disse que não tinha feito nada de jeito.
É verdade.
Continuo gorda, a comer porcaria, a fumar, a beber nas horas vagas...enfim.
Mas depois lembrei-me que 2015 foi um ano marcado por vários acontecimentos.

Vi a casa onde cresci ser abandonada, vi-me a ter de sair de lá e entrega-la ao vento e aos bichos.
Foram 29 anos de uma casa onde couberam 5 pessoas. Onde vivi uma vida inteira. Um sítio onde brinquei enquanto criança e onde me fiz adulta. Custou. Não chorei mas fiquei triste.

Mudei-me para outra casa onde não me sentia em casa e mudei-me uma vez mais para a casa onde este blog nasceu, que tantas recordações que trás mas que também já não é o que outrora foi.
Mas aqui estou bem.

Fiz passaporte e viajei " intercontinentalmente". passei 15 dias noutro país que não meu, numa cultura diferente e foi espetacular! Fintei medos de dormir com insetos, andei em cima de "camelos" e jurei para nunca mais, descobri que tenho umas bolachas com o meu nome e foi uma experiência que não hei-de esquecer.

Fui a Paris antes de o terrorismo lá chegar, prenda de anos do babe.

Vi a minha irmã emigrar e ainda não consigo perceber o que sinto em relação a isso. Ela que morava aqui ao meu lado...

Tive um natal especial, por ter tido o babe comigo pela primeira vez! 

Fora isso...as passas que insisto em consumir às 12 badaladas cumpriram o seu intuito: saúde, trabalho, saúde para os meus, amor...tudo permaneceu.

Obrigada 2015.

Olá 2016!! Tenta ser melhor!

Um bom ano para vocês que ainda insistem em ler o que escrevo <3



Marrocos <3








sábado, 10 de outubro de 2015

Oops...I did it again

Sexta feira.
Garrafa de vinho para brindar a mais um sobreviver de semana de trabalho.
Só uma garrafa de vinho não chega, vou buscar uma de cerveja.
Já quase todo o álcool derramado, chove.
Chove. São 1 e pico da manhã: "A esta hora e a chover ninguém deve andar na rua."
Peguei-o. 
Medi-o, para ver se ainda aguentava.
Agitei as latas: " Esta ainda tem."
Meti-o num saco.
Fomos.
Está feito.







Como é que se tira mesmo a tinta dos dedos?
E do teclado?
Ai Jesus!

sábado, 3 de outubro de 2015

Voltar à casa

Corria o ano de dois mil e troca o passo, é tarde e não me apetece fazer contas, e vivia numa certa casa com a minha amiga Maria.
Tinha conhecido um certo Gajo na noite, tinha feito coisas com ele nessa mesma noite e comecei uma história.
A história fez-se complicada e comecei uma outra história: a história de um stencil, que nasceu nessa casa onde morava com a amiga Maria.
O tempo correu, a vida mudou, eu mudei-me.
Deixei a Maria para trás e ela deixou a casa para trás.
Passaram alguns anos e vejo-me de novo a morar nessa mesma casa, já sem a Maria como companheira de noites, de copos, de partilhas, mas com o meu stencil ali arrumado, num quarto da casa que o viu nascer.
É bom estar de volta numa casa onde fui feliz, onde me senti bem e à vontade, onde cada canto guarda uma memória.
É bom.
Estou feliz.
Anos depois o quarto continua a ser meu, pois a minha marca ainda lá está.





Não digam a ninguém mas hoje descobri aqui uma parede espetacular para ir lá deixar qualquer coisa ;)

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Hoje apeteceu-me escrever

Bolas que já não escrevia nada desde junho.

A vida passa rápido e nem damos pelo tempo.
Eu vejo passar o tempo à espera do final do mês e quando o final do mês chega, já fico à espera do final do próximo mês. Este ritual faz com que o tempo passe e nem se dê por o tempo passar.
E o tempo leva a vida.
Os dias passam, os meses passam e não tarde já é ano novo outra vez e nem fizemos metade daquilo que nos propusemos a fazer este ano.
O balanço do meu nem está muito mau, mas acho que guardo essas coisas de balanços lá para dezembro e com isto comprometo-me a escrever um pouco por essa altura, para não perder a técnica...

Mas bom, já não escrevia desde junho.
Não há muito por onde pegar e escrever.
Mas em breve vou mudar e em breve partilharei, não sei se alguém ainda me lê desse lado, mas também gosto de deixar o que me vai na alma para mim, não vá eu um dia me esquecer do fui e do que fiz ou do que senti, ou porque um dia também vai ser giro mostrar isto aos sobrinhos, sei lá.


Depois de uns 3 dias a sentir-me de mal com a vida, hoje voltei ao meu normal, portanto achei que hoje seria um bom dia para beber o meu vinho e escrever umas palavras.
Mandar palavras ao ar faz bem.


sexta-feira, 12 de junho de 2015

O que eu gostava

O que eu gostava que existisse uma aplicação de telemóvel ou mesmo uma pessoa capaz de me dar respostas.
Respostas sobre o que fazer a seguir.
Respostas sobre o que fazer com a minha vida.
Respostas sobre o futuro, se isto vai ser sempre assim ou se vai melhorar, se vou chegar lá, ao que desejo.

Dizem que se desejarmos muito algo, esse algo acontece.

E se o algo que desejamos não é aquilo que no fundo queremos ou precisamos? Ou merecemos? Ou se algo maior e melhor está reservado para nós?!

Bolas!

Gostava de neste momento ver a minha vida daqui para 20 anos.
Gostava.

Lembro-me de uma vez ver um livro que dava respostas aleatórias.
Era fazer mentalmente uma pergunta e abrir numa página à sorte.

Ainda há disso?!

Dava jeito.

Ou uma bola daquelas que se abanam e respondem ao que se pergunta.

Mentalmente já fiz isso de outra forma.
Apostar mentalmente no destino.
" Se isto acontecer, faço isto ou aquilo."

Nunca fiz.
Não acredito em videntes por isso mandar uma carta à Maya está fora de questão.

Continuarei então a desejar muito algo.
E dou uma data.
A não acontecer, tenho de me comprometer a mudar, a seguir outro caminho.

A vida não pode ser só isto.
Tem de haver mais.
Eu preciso de mais.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Vais ver que vais adorar

Tive de sair da minha casa.

Há 3 anos atrás deixei de morar com a Maria para voltar para casa dos meus pais, sem pais incluídos mas com um irmão que mais é como um filho para mim.
Lá passei 3 anos, até ao dia em que chegou a carta que ditou a nossa sentença: abandonai esta casa ou coisas más acontecerão.
Pois bem, eu abandonei.
Aquela casa, onde vivi toda uma vida, nunca foi uma casa onde pudéssemos ficar até morrer, daí que os meus pais também tivessem investido numa casa na aldeia para o futuro.
Mas nós, eu e meu irmão, que temos a nossa vida em Lisboa, por lá fomos ficando...até ao dia.
O dia chegou e ainda não tinha passado uma semana de ter recebido a carta já me andava a coçar toda e a ter noites mal dormidas.
Primeiro, tentei arranjar uma casa para mim e para ele, depois decidi que estava cansada de lhe fazer comida e de lhe lavar as cuecas e procurei uma casa só para mim mas depressa percebi que o meu rendimento não me permitia tais luxos e então alternava a pesquisa de casas com quartos.
A ideia de voltar a morar com mais pessoas assustava-me e não era bem vinda.
Queria meter o meu enxoval a uso e a ideia de ir para um quarto parecia não trazer isso junto.
Mas bom...um quarto no final foi o que se arranjou.
No entretanto ainda moí bem a cabeça ao babe sobre viver juntos, mas sem sucesso.
Acho que para já o assunto ficou arrumado, já que eu há 15 dias que me mudei para um quartito bem catita, perto do trabalho e de toda uma vida de cidade fantástica: comércio a dar com um pau, serviços e gente simpática. Hoje mesmo fui pedir aos senhores do café aqui do lado para me abrirem uma garrafa de vinho e sob o poder do liquido desta vos escrevo. Não tenho remédio, bem sei, mas é sexta feira e uma pessoa merece um miminho :)

Bommm...ficou o assunto do quarto arrumado, o meu irmão não ficou desamparado e tem um  tecto também, portanto está tudo bem.
Lembro-me quando disse ao babe:

 "Já arranjei quarto."

" Brutal! Vais ver que vais adorar morar com outras pessoas"


Como disse em cima, passaram 15 dias.

Odeio isto!

A comunicação com as pessoas está difícil e nesta casa vive-se de "bom dia", "boa noite" e "com licença".
Entope-se o lava loiça a cada 5 dias, e apesar das regras da casa espalhadas pela cozinha inteira: "lava a loiça e arruma",  "passa o pano na placa"... ninguém se chega à frente para nada.
Ando-me a coçar toda.
Mas bom.
Tenho uma varanda só para mim e no fundo isso é que importa.
Sou pobre para caraças, mas Ó grande aí de cima: que não me falte saúde e emprego para pagar a comida e o tecto.

Vamos andando, vamos vivendo, vamos bebendo...
Está tudo bem.




Pôr do sol da varanda

Jantar na varanda. Vou ser muito feliz no verão :)

Já disse que tenho amigos super fixes?

Ando a ver se meto Economia na cabeça para fazer um dos exames de acesso à Universidade.
Aos 31 a cabeça já não dá para muito.

Vêem-me no Facebook e metem conversa comigo:

" Vai estudar!"

" Já estudei. Hoje aprendi sobre a Balança de Pagamentos, queres que te fale sobre ela?"

"Pode ser."


E debito palavras, coisas que me ficaram dentro da cabeça e eles lêem e aplaudem no final.
Assim não estudo sozinha.
Assim eles ajudam-me a estudar.


Tenho amigos mesmo fixes.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Objectivos*

Não há dúvida que com objectivos a vida corre de maneira mais fácil, mais leve.
Quando criei o Eu quero é ser feliz tinha um objectivo e andava feliz e leve.
Quando quis pintar um vidrão andava feliz e leve.
Mas depois os objectivos eram o fim de semana para poder dormir mais, as férias para não ter de pensar em ir trabalhar e para poder apanhar sol.
Depois era um dia atrás de o outro, sem objectivo nenhum e sem uma esperança de que as coisas fossem diferentes disto: segunda a sexta a trabalhar, os fim de semanas e as férias que tardavam em chegar.
Um dia atrás do outro sem objectivo, sem sentido, tempo desperdiçado.
Sempre achei que a vida tinha de ser mais do que isto mas se calhar tudo o que precisava era de um empurrão.
Conheço um rapaz, ao qual muitas vezes me queixei de estar cansada desta vida e de querer mais dela, que respondia sempre da mesma maneira aos meus queixumes: tens de ir estudar.
Eu dizia que era complicado, que o tempo já tinha passado e que para isso tinha de ter outro emprego e ganhar mais.
Só que o outro emprego teima em ser díficil de conseguir se não tiver mais formação.
Deixei-me andar este tempo todo e nunca pensei em me meter a estudar porque não dava e não ia conseguir pagar os estudos e ia ser complicado, muito complicado.

Mas um dia alguém puxou por mim.

" Tens de saber o que é que gostas de fazer. O que é que gostas de fazer?"

Sei lá eu.
Não sei que raio gosto eu de fazer.
Eu faço tudo, adapto-me a tudo.
Se raio soubesse o que gostava de fazer, por esta altura já estaria formada em alguma coisa.
Nunca soube o que queria ser. Mentira. Soube. Queria ser Miss Portugal,  mas o sonho ficou por terra na adolescência quando comecei a engordar e a ter acne no corpo todo.
Fora isso, nunca fui daquelas crianças que aos 6 anos já dizem que querem ser médicos, enfermeiros ou advogados de causas perdidas e seguem o sonho.
Eu queria era trabalhar e ganhar dinheiro e aos 21 já estar casada, aos 23 já ter uma catrafada de filhos.
Mas tenho 31, um emprego que até que não é mau mas dado o país em vivemos não é remunerado por aí além e que já não me preenche as medidas, porque porra, quero mais que isto para mim.

" Mas que curso queres tirar?"

Bom...Dadas as funções que desempenho a coisa enquadrava-se num curso de Marketing.
Dado o horário que tenho, tinha de ser em pós laboral.

" Está aqui. Marketing e Publicidade. Tens de fazer exame de Português e Economia. Fácil. Bora."

E foi assim que tudo começou.

Comecei a ler um livro de apoio a Economia A do 10º ano há uma semana atrás, já o terminei.
Ele já me comprou outro e vem um de Português a caminho.

Tenho até 29 de Maio para meter tudo nesta cabeça de perímetro grande que não cabe num chapéu normal, tal é o tamanho da inteligência que lá anda dentro.
Ando a estudar para ir estudar, para ser mais e melhor. Para ter melhor.
Vai ser complicado mas sei que vou conseguir gerir a coisa da melhor maneira.


Ter objectivos é bom.
Sinto-me leve, normal e isso acaba por ser um sentimento novo e estranho.


Desejem-me coisas boas.
Rezem por mim aos vossos Santos.
A Maria da Felicidade vai para a faculdade aos 32 e se a coisa correr bem aos 35 será doutora.
E tenho o melhor namorado do mundo, porque sem dúvida que sem ele isto não seria possível.





* e sim, escrever objetivos  é algo que tenho de fazer.
Puta que pariu o Acordo Ortográfico.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Then and Now




Hoje faz sentido.






I wish I could live free
Hope it's not beyond me
Settling down takes time
One day we'll live together
And life will be better
I have it here, yeah, in my mind 
Baby, you know someday you'll slow
And baby, my hearts been breaking
I gave a lot to you 
I take a lot from you too 
You slave a lot for me 
Guess you could say 
I gave you my edge 
But I can't pretend 
I don't need to defend some part of me from you 
I know I've spent some time lying 

You're looking all right tonight
I think we should go

sexta-feira, 13 de março de 2015

Pequeno T2

" Pequeno T2, onde possamos viver os dois, com vista para o mar e um carro com tecto de abrir."


Ando aqui com uns problemas que me andam a tirar saúde, noites de sono e a dar vontade de comer 3 papos secos de seguida.
Não sei se aguento mais.
Não consigo parar de me sentir assim, não sei onde se desliga mas vejo-me a malhar uma garrafa de vinho inteira só para não ter de sentir isto. Por uns momentos sentir outra coisa, quanto mais no seja, no dia seguinte sentir uma enorme ressaca.

Isto não anda fácil.

Mas se tiverem aí uma casita para alugar, informem.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Para gajas pobres como eu...


...que pintam o cabelo em casa, aqui fica a dica.
Estão a ver a tinta que vos fica na testa? Experimentem tirá-la com uma tolhita desmaquilhante.
Se não resultar, não se venham aqui queixar.
Comigo resulta.
E agora não digam que daqui não levam nada de jeito.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Domingo


Ao contrário dos outros domingos, acordei bem, sem ressaca e até mais cedo do que me é normal.
Ainda na cama, ele junta-se a mim e solto o habitual:

"Tenho fome. "
Diz-me que não tem pão para o pequeno almoço e que tem de ir comprar.
" E o que é que queres mais? ",  pergunta.
" Surpreende - me ", respondo.
Levantei - me assim que ele saiu.
Tomei banho, vesti - me.
Quando ponho a água a aquecer para o café, ele chega.
" Anda cá. "
Chego - me perto dele.
Enquanto mete a mão no saco de plástico que traz com ele diz:

" Disseste para te surpreender... Toma. "
E tira-os do saco.






Disse que estavam os dois, juntos,abandonados na rua.
Já lhes dei banho e vou - lhes dar uma boa vida.
Têm tantos anos quanto eu.
Preparem - se porque eles vão aparecer muito por aqui e quiçá viajar muito por aí.
Fofos. Fofos. Fofos :)

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

O melhor do dia é isto*



"Anda cá. Deita-te aqui. 2 minutos. Assim não, ao contrário."

Deitei-me.

"Pronto. É para o dia te correr melhor."






* a melhor "conchinha" é a nossa.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Je suis Maria da Felicidade

Vamos lá  a ver como é que isto corre...

Acerca do atentado em Paris corre tinta, muita tinta.
As pessoas agora caem em cima do Gustavo Santos por este ter dado a sua opinião  e por esta ser contrária à opinião de 99% das pessoas deste país ou por simplesmente não se ter limitado a meter a imagem do " Je suis Charlie" e decretar na página dele 3 dias de luto  pelo que aconteceu.

O que aconteceu foi mau, muito mau e nisso acho que ninguém discorda.
A liberdade de expressão foi atentada por animaizinhos que só sabem é disparar armas porque sim e não pensam nem sabem o que é ironia e sátira.

Não me pronunciei, nem comentei em lado nenhum o assunto porque já tive a minha quota parte em comentar futebol, politica e religião e sou pela liberdade de expressão.
Somos todos pessoas diferentes, com maneiras diferentes de pensar e cada um tem direito a expressar-se.
Quem não é a favor que saiba mostrar o seu ponto de vista de forma civilizada.

Ai o rebeldes não gostavam dos desenhos?! Epah, mandassem um mail a dizer: "Pardon, olhem que isso nos está a magoar..."
E se calhar o jornal parava e pedia desculpas e tal.

Mas estamos a falar de animais para os quais a única demonstração de reprovação passa por mandar tudo pelos ares e pimba(!) assunto terminado.
Agora...matem-me mas estou com o Gustavo Santos.
O jovem deu a sua opinião.
Ninguém pode opinar agora sem ouvir insultos à sua pessoa?!

É por estas e por outras que muitas vezes fico caladinha, guardo para mim ou comento com um amigo em mensagem privada só naquela do desabafo.
Agora vim aqui escrever e vou ter um decréscimo nos likes da minha página ou insultos à minha pessoa.

Sou livre.
Sou diferente.
Batam-me por isso.
Nada justifica o que se passou, mas não estamos a falar de pessoas normais.
Agora nós, povo chamado de civilizado, temos a obrigação de nos sabermos conter e não andarmos à batata pelo Facebook fora a insultar esta e aquela pessoa só porque tem opinião diferente da nossa.
Era isto.

E não, não sou insensível e se perceberem bem não estou directamente a falar do atentado mas da troca de insultos que por aí vejo.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

E é isto

Eu, que passo a vida a gozar com o meu irmão " Ai Coitadinho, sou um coitadinho!", quando ele se queixa sem ter razões para se queixar, descobri que, e aqui me assumo, sou uma coitadinha.
Ando a fazer-me de coitadinha.
Tadinha de mim.
Choro sem saber porquê e só porque sim, até ficar com os olhos inchados ao ponto de parecer que levei um murro na tromba.
Coitadinha!

Eu, que gosto de dizer à boca cheia que sou uma GRANDA GAJA, sou espetacular e fenomenal, sou uma coitadinha uma vez a cada 3 meses, coisa menos coisa.

Armo-me em coitadinha. Choro e mando solucinhos a chorar.
Tadinha de mim.

Era dar-me duas chapadas.

Hoje percebi a coitadinha que sou e vou deixar-me dessa merda.
Cansei de chorar sem razão e me fazer de mártir.
Cansei de meter o peso de toda a gente em cima de mim e me fazer carregar merda que não interessa nada nem a ninguém.

A vida é mesmo assim.
Não há espaço para coitadinhos.
Hoje deixei de ser coitadinha.

Tenho um trabalho que não é mau.
Tenho uma família bestial.
Saúde.
Um namorado que me atura merdas daqui até à lua. TPMs e choradeira sem saber de onde vem, e ainda diz que gosta de mim. 
Nem tudo é 5 estrelas mas no geral a vida por estes lados até que é boa.

Não sou coitadinha e a partir de hoje deixei de o ser.
Se me ouvirem queixar, lembrem-me que um dia escrevi isto e prometi que não voltaria a ser coitadinha.
Eu sou espetacular, caraças.
Não dá para ser espetacular e coitadinha ao mesmo tempo.





E isto tudo foi escrito sem o uso de álcool ou qualquer outro tipo de substâncias.
Deve ser da fome.
Vou comer.


sábado, 3 de janeiro de 2015

Ele há pessoas que nos fazem ficar bem nas fotos

"Sabes porque é que eu consigo com que fiques bem nas fotos não sabes?" 

Olho para ele sem saber o que dizer. 

"Porque tu olhas para mim com amor. "

É.
Caraças.
Só pode ser.

sábado, 27 de dezembro de 2014

Um brinde à amizade

 
Dizem que quando estamos para morrer a nossa vida nos passa toda à frente.
Pequenas memórias daquilo que vivemos.
Quando oiço esta música passa-me tudo o vivi com vocês.
Ouvi-la na vossa companhia e o abraço final, é daquelas coisas que nunca, mas nunca vou esquecer.
Obrigada por existirem.
 
 
 
 
 
 

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Tempos modernos

Na última passagem de ano perdi o meu Sony.
Gostava muito dele, tanto que pesquisei no OLX por outro e comprei em 2ª mão.
Fiquei satisfeita com a compra, tinha fatura e ainda estava dentro da garantia, mas deixei-o cair na sanita e matei o bicho. Serve para ir à internet e tirar umas fotos mas não reconhece o SIM.
Comprei um básicozito, porque está visto que ter telemoveis bons não é para mim.
Mas ando já um pouco cansada dele e decidi que está na hora de ser mazé uma gaja como deve ser e ter um telemovel jeitoso, até porque este blog ganhava uma vida mais colorida.

Pesquisei no internet por mais um Sony.
Não há duas sem três e podia ser que à terceira fosse de vez.

Encontrei anúncio deveras ineteressante:

"Telemóvel de uma menina de 12 anos, que ganhou um Iphone."

Ena! Uma miúda de 12 anos deixou de ter um Sony  para ter um Iphone.
Sim senhor, ricos pais.

O telemóvel parecia estar em condições e tinha factura para garantia.
Arrisquei.
Mandei sms a perguntar se estava disponível e a resposta foi rápida.
Perguntei como podia combinar para ver o telemóvel e a pessoa ligou-me de volta.
Era um senhor. Queria que me desloca-se a casa dele.
Achei estranho e depois de ele me dizer em que zona era perguntei se não poderia ser em frente a um restaurante que se encontra perto.
Disse-me que tinha mesmo de ir a casa dele, pois o telemóvel era da filha e era ela que o ia vender.
Pois que fui ter com uma miúda de 12 anos, a uma casa onde não se encontrava nenhum adulto.

Ricos pais.

Eu não tenho maldade nenhuma em mim e o que queria era mesmo comprar um telemóvel, que acabei por não comprar, porque se houve coisa que aprendi ao deixar o meu cair na agua é ver quando outros também por lá andaram, mas alguém muito mau poderia ir a casa e fazer mal à miúda, dar-lhe uma cacetada e em vez de lhe comprar um Sony trazer o Sony e o Iphone.

Ricos pais.
Onde está a regra do: " Na minha ausência não abras a porta a ninguém." ou " Não fales com estranhos."

Mau era mandar a miúda ir ter com um estranho que lhe podia ficar com dois telemóveis.
Imperdoável é meter um estranho dentro da casa com a miúda lá sozinha.




quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

On fire

Ontem à noite abrimos as prendas.
Fiquei eu com o gorro de pai natal e a distribuição das lembranças ficou por minha conta.
Foi bonito. O meu pai meteu uma musiquinha natalícia e os meus irmãos eram obrigados por mim a mexer a cabeça a cada prenda que era distribuída, para que as antenas de renas que usavam fizessem barulho.
Fofo.


A minha avó, com 80 e picos anos, ainda embrulha as prendas dela. Como de costume junta uma ou duas notinhas à prenda que oferece.
Este ano deu-lhe para colocar a nota dentro de papel e o papel junto do presente e o presente embrulhado.
Uma confusão tal que ninguém quase deu pelo dinheiro quando abria a prenda.

Distribuição das prendas feita e ficou um chão cheio de papel e fita de embrulho.
Eu e o meu pai desatámos a pegar no papel todo para o colocar a arder na lareira.

"NÃOOO METAS!! NÃO METAS!!" - grita o meu irmão.

Passado uns minutos sentiu-se um cheiro estranho na casa.
Se era do dinheiro ou não ninguém sabe mas que o dinheiro se foi, foi.


Lição: querem dar dinheiro a alguém?!
Metam-o visível.